Data: 5 de fevereiro de 2024
A governança corporativa é crucial para empresas de todos os tamanhos, inclusive para as pequenas. Embora constantemente esteja associada a grandes corporações, seus princípios são igualmente relevantes para negócios de todos os portes e agregam valor.
Alguns pontos-chave que temos considerado sobre governança corporativa em nossa empresa, á partir de experiências vividas, observação e aprendizado constante:
– Estabelecer processos claros de prestação de contas e transparência nas operações é fundamental. Isso inclui manter registros financeiros precisos, relatórios regulares e divulgação transparente de informações relevantes. – Líderes competentes e confiáveis são essenciais.
– Definir papéis e responsabilidades é crucial, mesmo em empresas pequenas. Uma estrutura organizacional clara ajuda na tomada de decisões e na definição de autoridade.
– Adotar práticas consistentes e estar em conformidade com regulamentações e leis aplicáveis é essencial. Isso inclui desde questões tributárias até regulamentos trabalhistas.
– Desenvolver e manter um plano estratégico ajuda a orientar o crescimento e a direção da empresa. Isso envolve definir metas de curto e longo prazo, bem como ajustá-las conforme necessário. – Esse ponto sempre teve destaque na nossa empresa. Desde sua criação e ao longo de 17 anos, é indispensável que o PE seja realizado com envolvimento de toda a empresa.
– O planejamento sucessório é especialmente crucial em empresas familiares ou pequenas, pois define quem assumirá a liderança ou propriedade da empresa no futuro. Isso inclui identificar sucessores, prepará-los e estabelecer processos de transição suaves. – Esse tópico exige muita perspicácia, entrega, paciência e grande doação: não é um processo fácil “deixar de mandar”, principalmente em empresas de menor porte onde a figura do dono se confunde com a própria empresa e com sua estrutura de poder e estratégia.
– Mesmo para empresas menores, considerar a formação de um conselho consultivo ou de administração pode trazer diversas perspectivas e expertise externa. Esse conselho pode oferecer orientação valiosa para o crescimento e a governança da empresa, além de ser um pilar para suportar o CEO e executivos da empresa.
– Promover uma cultura que valorize a ética, a integridade e a responsabilidade é essencial. Isso influencia a maneira como os funcionários, stakeholders e a comunidade percebem a empresa. – Em nossa empresa temos trabalhado bastante com valores que consideramos essenciais para o alinhamento e prática da nossa cultura organizacional.
– Ter políticas financeiras claras, especialmente no que se refere à captação de recursos e ao financiamento, ajuda a manter a estabilidade e a viabilidade financeira da empresa. – Evoluímos bastante com Executivo Financeiro trabalhando arduamente e com competência esses aspectos das finanças empresariais, que, de fato, precisavam ser priorizadas e tratadas assim.
– Realizar avaliações periódicas do desempenho da empresa, da governança e dos processos internos é crucial. Isso permite identificar áreas de melhoria e implementar mudanças necessárias. – Avaliações, busca constante de evolução são indissociáveis da boa governança. Praticar e se preparar para aceitar e conviver são desafios dos gestores. – Bons processos de avaliação permitem que realizemos com competência (“fazimento”) o que foi estabelecido no PE.
– Estabelecer canais de comunicação eficazes entre os diferentes níveis hierárquicos, funcionários, diretores e stakeholders é vital para o sucesso da governança.
– Fundamental e busca constante em nossa empresa, a comunicação, em especial com os colaboradores é um desafio que deve ser enfrentado pelos enormes benefícios percebidos. A implementação de práticas de governança corporativa em empresas pequenas pode ser um desafio, mas traz benefícios significativos a longo prazo, incluindo maior credibilidade, sustentabilidade e preparação para possíveis desafios. O planejamento sucessório, em particular, assegura a continuidade do negócio e a preservação dos valores e objetivos da empresa ao longo do tempo.
Autor: Luís Ricardo Figueiredo